CRÍTICA: BATTLESHIP A BATALHA DOS MARES

Não é de hoje que o cinema explora o assunto invasão alienígena. E nos últimos anos esse tema voltou com tudo; seja em produções elogiadas e surpreendentes como o primeiro Transformers, Distrito 9 e Ataque ao Prédio; seja em produções mais comuns e batidas como Transformers 2 e 3, Skyline A Invasão e Invasão do Mundo A Batalha de Los Angeles. Todos estes bem produzidos e merecem uma olhada. Isso que não citei os filmes fundo de quintal que não valem a pena. Eis que agora surge esse Battleship A Batalha dos Mares. O que dizer de um filme baseado em um jogo (um tipo de batalha naval) adaptado para (mais uma vez) invasão alienígena? Pois saibam que o resultado foi muito positivo.

Apesar do enredo batido, o filme é bom sim. Muita pancadaria e efeitos especiais sinistros na tela. Esse filme foi bem fraco em bilheteria, isso porque o concorrente nos cinemas, Os Vingadores; humilhou o coitado em faturamento. Mas o filme não é muito inferior aos Vingadores não (ps: Os Vingadores também tem invasão alienígena). A trama é simples e bem previsível, os mais improváveis viram os heróis. Tem o cara principal que é arrogante e fracassado, mas aprende a ser um líder humilde. Tem a namorada linda e gostosona (colírio para os olhos), o nerd sabido e medroso, o cara incapacito porque não tem as pernas, mas que precisa superar sua incapacidade. Há o oriental brigão mas que fica amigo dos americanos, há os engraçadinhos, e por último há a garota machona que senta bala nos ET’s. E essa é uma das surpresas: a cantora Rihanna! Sim ela mesma, com um jeitão de rapper duro na queda, põe pra quebrar, tentando roubar a cena várias vezes.

Um ponto que poderia ser muito negativo é o patriotismo, que é bem comum nesse tipo de filme. Soldados, combatentes e marinha (caso desse filme), são exaltados e homenageados. Os americanos tem muito orgulho disso e as vezes isso atrapalha a atenção no filme. Mas quando isso tá querendo ficar chato nesse filme vem a salvação: os veteranos. Quando os veteranos de guerra surgem para ajudar, ah … o patriotismo do exército dá lugar aos senhores de 60, 70 anos ou mais, falando palavrões e acabando com os ET’s. Os velhotes sentam o dedo no gatilho (de super mísseis) e fazem muitas piadas. Essa foi uma das cenas que mais gostei. Com piadas e agilidade, o filme é dinâmico apesar das suas 2 horas e 10 minutos. Os alienígenas são bem diferentes dos que geralmente vemos nos demais filmes, apesar das naves lembrarem os robôs dos Transformers. Com erros e acertos o que importa é a pancadaria. E isso tem aos montes! Outro ponto que me chamou muito a atenção são as esferas destruidoras. Até agora penso “que diabos são aquelas coisas”. Faz falta uma dessas hoje em dia (rsrs).

Os críticos massacraram o filme e a participação de Rihanna. Não entendo porque. É um filme de fantasia, pura ação e adrenalina, é um filme pipoca, onde uma cantora pop faz participação arrebentando alienígenas. Pra que procurar bom roteiro e atuação num filme desses? Esse é o maior ponto que eu tenho contra os críticos! Realmente o roteiro tem falhas, as atuações não são muito boas e tudo é forçado ao extremo. Mas olha o enredo do filme. O que se propõe é ação explosiva e um show de efeitos especiais. E isso realmente é entregue com louvor. Um dos motivos é o diretor Peter Berg, esse cara sabe trabalhar com ação. Ele fez o divertido Bem Vindo à Selva, o ótimo O Reino, e o diferente Hancock. Sendo mais hilário ou mais sério, ele sabe filmas sequencias de adrenalina muito bem! E mais uma vez mostra isso. Outro motivo do filme valer é o fato de ser um filme da Hasbro. Para quem não sabe a Hasbro é uma das maiores fábricas de brinquedos do mundo. Ela que fez o jogo no qual o filme se baseia. Aliás outros brinquedos dela já viraram filme. Primeiro foi Transformers em 2007, depois vieram Transformers 2 A Vingança dos Derrotados e G.I. Joe A Origem de Cobra ambos em 2009, e ainda teve o Transformers 3 O Lado Oculto da Lua em 2011. Agora foi a vez de Battleship A Batalha dos Mares. Fique esperto porque ano que vem tem G.I. Joe 2 Retaliação. Apesar de não ter moral ou sentido social ou político, esses filmes são atualmente os que mais tem ação e bons efeitos especiais. E é isso que muitos não entendem, é pra isso que servem esses filmes: nos distrair com uma fantasia por algumas horas. E até agora a Hasbro tem conseguido.

Compre salgadinho, pipocas e outras bobagens. Bastante refri para acompanhar. Se você gostou do clássico Independence Day e dos recentes Transformers e Batalha em Los Angeles, com certeza irá curtir Battleship. Me atrevo a dizer que é um dos filmes com melhor sequencias de ação e efeitos especiais de 2012, perdendo talvez somente para Os Vingadores. Por amar filmes de ficção científica, por conhecer os trabalhos do diretor e da empresa, mas principalmente por gostar tanto de filmes realistas como também de filmes fantasiosos, eu adorei Battleship. É verdade que filmes que retratam a realidade ou passem um mensagem são bons, mas a verdade é que todos nós precisamos nos desligar dos problemas e dessa “realidade” às vezes. Por isso defendo o cinema pipocão. Assistam Battleship A Batalha dos Mares sem preconceitos.  E fiquem antenados porque há projetos para Independence Day 2 e 3. Que os aliens continuem a invadir a Terra.

NOTA: 8

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